O Livro de Memórias é um novo projeto para quem busca contar fatos e histórias por meio de um registro literário e fotográfico, capturando a essência de lembranças empresariais ou familiares. Um trabalho que surgiu da união de uma escritora e uma fotógrafa, reunindo gerações, depoimentos, imagens e histórias que serão cuidadosamente registradas e preservadas em um livro original.
As duas são de São Paulo, mas há seis meses Sofia se mudou para Itu e agora elas estão buscando novas oportunidades e projetos em Itu e região. As sócias estão animadas com as perspectivas de crescimento, dado o interesse pelo tipo de trabalho que realizam.
O projeto nasceu em 2023, quando a fotógrafa Michelle Nassi recebeu a oportunidade de restaurar fotos e documentos de um funcionário que trabalhou por 50 anos na CETESB em São Paulo.
“A ideia surgiu quando uma amiga pediu para organizar e tratar as fotos de seu marido como forma de homenagem, então resolvi convidar a professora do meu filho de 15 anos, o Maurício, para que Sofia me ajudasse nesse projeto”, relembra Michelle, que possui larga experiência em acervos como Menus da Coleção do Imperador Dom Pedro ll, do muralista Kobra e vários outros trabalhos.
“Percebemos que aqui (em Itu) temos mais chances de ampliar o nosso negócio, porque é uma cidade que tem muita história. A maioria das empresas, por exemplo, tem mais de 30 anos”, conta Sofia Mathias, formada em Comunicação pela FAAP. Autora de dois livros de poemas: “De Corpos e Almas” (1983), “De Choros e Luas” (1984), além de coautora do livro “Da Janela” (2019) em parceria com Anna Maria Mello. Sofia é mãe de dois filhos: Paulo, 33, Stéphanie, 29 e avó da Helena de 5 anos.
“O cliente pode escolher quantas unidades quer para distribuir para a família ou publicar para venda em livraria. Alguns querem fazer somente online e vender como e-book na Amazon. Vemos que muitas famílias e empresas contratam nosso trabalho para registrar uma memória que possa se manter viva para as próximas gerações e para que um neto, por exemplo, possa lembrar quem é seu bisavô ou algo assim”, complementa Sofia.
“O cliente escolhe as fotos que quer no livro, porque não é um álbum de fotos. Escrevemos a história com as fotos que foram escolhidas e que vão sendo colocadas conforme o texto. É um livro mesmo. No meu caso, eu recebo os áudios da pessoa ou marcamos reuniões presenciais para que ela conte as histórias que deseja incluir no livro e transformo em texto”, explica a escritora.
No caso da fotógrafa, o trabalho é digitalizar as fotos e documentos antigos para então fazer o tratamento de cor e brilho. “Algumas são muito antigas e estão deterioradas, rasgadas, manchadas, então restauro elas. Depois, eu e a Sofia vamos encaixando as imagens no contexto da história e mandamos uma prova para o cliente para ver se ele quer fazer alguma mudança, e assim vamos adaptando o texto e as imagens conforme o gosto do cliente”, detalha Michelle.
Para Michelle, é importante resgatar memórias antigas, de parentes que já se foram. “Meu filho não teve a chance de conhecer o avô, e foi através das fotos que apresentei meu pai a ele. Um dia, ele se trancou num armário e disse que entrou numa máquina do tempo para abraçar o avô. Foi uma história que deixei como legado. Isso em um livro registrado não tem preço. Portanto, coloquei como meta até 2026 de fazer um livro da minha família para deixar ao meu filho, netos e futuras gerações”, finaliza.
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